A navegação é um setor fundamental para o Brasil, dada sua extensa costa e ampla rede fluvial. Contudo, a eficiência desse setor tem sido prejudicada por uma burocracia complexa e fragmentada que envolve múltiplos órgãos governamentais, incluindo a ANTAQ, a Marinha, o Ibama e órgãos estaduais de meio ambiente, entre outros. A falta de uma política de estado coesa agravou os desafios, tornando cada transição de governo um momento de incerteza e instabilidade para o setor.
Os desafios burocráticos enfrentados pela navegação brasileira são evidentes:
Uma política de estado dedicada à navegação é uma resposta necessária a esses desafios:
Exemplos de sucesso em outros países, como Singapura e Noruega, ilustram o impacto positivo de uma política de estado bem-sucedida na navegação. Essas nações estabeleceram regulamentações claras, infraestrutura moderna e competitividade global, fornecendo um modelo a ser seguido.
Resumidamente, a complexa burocracia e a falta de uma política de estado têm prejudicado a eficiência e o desenvolvimento da navegação no Brasil. Para liberar todo o potencial desse setor e promover o desenvolvimento econômico sustentável, é imperativo que o governo brasileiro colabore com os órgãos reguladores para simplificar os processos, reduzir a burocracia e implementar uma política de estado que forneça estabilidade e estímulo ao setor. Somente assim o Brasil poderá fortalecer sua presença na navegação internacional e alcançar um futuro mais promissor para esse setor de importância vital.
Raimundo Holanda C. Filho - Empresário, Presidente da FENAVEGA, Vice Presidente da CNT, Membro dos Conselhos do SEST-SENAT, FUMTRAM e ITL.